Obesidade em Pauta

Para cada kg perdido há diminuição de 30 kcal no gasto energético e aumento de 100 kcal na fome.

Maior perda de peso inicial prediz maior perda de peso a longo prazo.

Medicação x Mudança do Estilo de Vida!

Medicação:
   – Objetivo é aumentar a eficácia e resposta a mudança do estilo de vida;
   – Aumentar o número de bons respondedores à mudança do estilo de vida;
   – Não pode ser visto como medicação x estilo de vida.
   – Medicação sozinha tem um resultado inferior a mudança do estilo de vida.
   – Mas quando associada o efeito sinérgico é excelente.

Liraglutida é uma medicação segura e eficaz no tratamento para diabetes e obesidade. Estudos já demostraram redução de risco cardiovascular. Os efeitos colaterais mais comuns são: náuseas e alterações intestinais.

Tratamento Medicamentoso:

Bupropiona é um dos únicos antidepressivos que tem efeito na perda de peso e pode ser usada desde que com indicação médica para pacientes com Obesidade e Depressão. Associação mista vendida em outros países associada ao Naltrexone. As medicações potencializam o efeito da outra.

Tratamento Medicamentoso:

Metformina: medicamento mais usado no mundo para diabetes. É segura, amplamente disponível e eficaz.
Indicada para tratamento de pré-diabetes deixando claro que a melhor forma de evitar a progressão para diabetes é a perda de peso.
A metformina também diminui os níveis de TNF-alfa, uma proteína de inflamação que parece piorar a COVID-19.
Pode causar diarreia e baixa de B12.
Dificilmente sozinha controla diabetes sendo necessária outras associações.
Não é indicada para tratamento da obesidade.
Consulta seu médico endocrinologista.

Tratamento Medicamentoso:

Não existe evidência que a medicação perca efeito. Algumas pessoas tem essa sensação devido a diminuição dos efeitos colaterais, estabilização do peso e aspectos comportamentais da dieta.

O preconceito para o tratamento correto da obesidade gera aumento da prevalência. É simplório achar que dieta e atividade física resolvem o problema. Esses entram em sinergismo para, de fato, tratar a causa maior que é uma doença genética, crônica e multifatorial.

Energéticos foram propostos mas mostraram pouco seguros, aumentaram frequência cardíaca e pressão arterial além de outros efeitos cardiovasculares mais graves.

Tratamento:

Eficácia do tratamento deve ser mensurada. A meta é perder 5% do peso corporal com o tratamento proposto em 3 meses. Caso não atinja o medicamento deve ser substituído ou associado.

As pessoas que estão acima do peso geralmente têm pouca dificuldade em iniciar um programa de dieta, e em geral perderão certa quantidade de peso com ela. Mas quase todas elas verão seu progresso estacionar, e a maioria delas irá, gradualmente, recuperar o peso que perdeu, colocando-se de volta no lugar onde começou. Os que são bem-sucedidos na perda de peso em longo prazo são aqueles que redesenharam suas vidas, constituindo novos hábitos que lhe permitam manter os comportamentos e continuar a perder peso, APESAR DE TODAS AS TENTAÇÕES QUE AMEAÇAM O SEU SUCESSO.

Obesidade X Testosterona:

Indivíduos portadores de Obesidade podem ter como consequência deficiência de testosterona. A deficiência de testosterona pode levar a um aumento do tecido adiposo e a obesidade pode levar à deficiência de testosterona, numa condição clínica conhecida como MOSH (Male Obesity Secondary Hypogonadism). Uma forma de reverter o quadro clínico é o emagrecimento e manutenção do peso perdido.

Queda de cabelo é um efeito colateral esperado no processo de emagrecimento. Importante verificar reserva de ferro e vitaminas.

Um dos maTrecho da reportagem que concedi sobre OBESIDADE x COVID-19 “Um segundo ponto é a relação entre a obesidade e a evolução do coronavírus. A obesidade visceral — que se localiza na barriga — leva a uma resposta imune pior, pois já existe uma inflamação crônica. Quando uma agressão externa aparece, a capacidade de recrutamento é prejudicada, ou, em outros casos, a reação é desproporcional, levando a mais malefícios que o vírus em si. Os pulmões de pacientes com obesidade também preocupam. Com pior capacidade de expansão, explica a médica, o peso da caixa torácica pode fadigar a musculatura mais rapidamente. Além disso, obesidade está associada a outras doenças com mau prognóstico infeccioso, como o diabetes e a hipertensão.” Reportagem completa: https://ndmais.com.br/saude/fortalecimento-do-sistema-imunologico-nao-garante-imunidade-ao-coronavirus/

Hormônio liberado na atividade física pode ter efeito contra COVID-19, sugere estudo com teste in vitro. Apesar de ser um estudo preliminar e necessitar ser replicado in vivo, a prática de atividade física, além dos diversos benefícios, pode atenuar a gravidade da COVID-19. No estudo, células adiposas foram expostas à Irisina, hormônio produzido pelos músculos sob estímulo da atividade física. Os resultados apontaram para um aumento da expressão de genes protetores e redução da expressão de genes relacionados à replicação do SARS-COV2. Que tal, mesmo com máscara, fazer uma atividade física regular? Sua saúde agradece!

Recentemente a ANVISA aprovou o Uso da Liraglutida em associação a aconselhamento de nutrição saudável e atividade física para controle de peso em adolescentes a partir de 12 anos com: peso corporal acima de 60 kg e obesidade (IMC correspondendo a >=30 kg/m2 para adultos por pontos de corte internacionais). A mesma indicação já se encontra aprovada para pacientes adultos.

Um dos maiores erros no tratamento da obesidade é a manutenção do peso perdido.
O principal motivo é que muitas pessoas acreditam que existe um prazo para parar de cuidar. Mas não acontece!
Para ter um bom resultado a longo prazo é importante entender que o tratamento é crônico e sempre exigirá esforços (e em muitos casos, medicações). Quando essa percepção chega, a chance de sucesso aumenta.
Doenças crônicas exigem tratamentos crônicos! Regularidade e autoconhecimento são fundamentais.

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